12.06.2010

um ótimo dia para ler o Poetinha




Pensem nas crianças mudas, telapáticas
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres rotas, alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas so não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroxima, rosa hereditária
A rosa radioativa estúpida e inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume sem rosa, sem nada.

12.05.2010

Eu tento escrever, mas eu não sou escritor

O espartano, o cavaleiro, aquele que ama os cavalos, aquele que ama os esportes. Paulistano de nascença. Outonos bem vividos com parcimônia, caucasiano, de estatura baixa e aparência franzina, cabelos escuros e olhos levemente claros, dotado de uma voz com sonoridade peculiar... Sem semelhança alguma com os parâmetros reais de estereótipos ideais. Curioso, e eterno apreciador de quaisquer culturas que vieram e vem para agregar conhecimento ou bons frutos. Amante declarado da leitura, e maníaco por todos os tipos de livros, sem exceção. Antropófago cultural. Estudante assíduo da cultura e costumes brasileiros, de biologia, metafísica, fisiologia humana, geopolítica, história, filosofia, literatura, física, química, medicina, e sobretudo do militarismo, suas vertentes, seus estratagemas, e sua influência no curso da história. Apreciador de boa música, sem qualquer preconceito, desde que seja boa, com uma empatia para com o rock n' roll. Empirista por natureza, racionalista por força do destino, garoto de hábitos saudáveis, praticante de natação, e skate, com preferência para com quaisquer esportes de resistência, um cara de costumes normais, que fala pelos cotovelos, que gosta de fazer e manter amizades, que é sincero ao extremo. Basicamente esse pequeno conjunto de características sou eu.
 Acho que antes de tudo, devo apresentar-me. Devo também dizer que tudo que eu escrever aqui dever ser considerado, e também não ao mesmo tempo. Aqui não escreverei nada que virá a ofender alguém, e espero que tais considerações também sejam tomadas ao meu respeito. Agradeço a todos que lêem e comentam aqui.
Obrigado!

Sonhar não custa nada.

  Mais ter acordar e deparar-se com a realidade do mundo, dói de maneira significativa. E esperar por algo que não virá a acontecer? É, complicado, e doído também.
  Estou desapontado, comigo, e com tudo que está próximo de mim. Eu vejo que meus caminhos vão se reduzindo cada vez mais, e eu mesmo causei isso em parte. Toda essa conturbação se iniciou há uns dezenove anos atrás, de mil novecentos e noventa e um até hoje as coisas não vem sendo fáceis.
  Desde pequeno quis ser médico, paleontólogo e cientista, sempre gostei de ler e escrever, estudar, e pesquisar sobre tudo o que eu tinha curiosidade. Sempre tentei argumentar e questionar tudo aquilo que acreditava não estar devidamente embasado em critérios de natureza concreta. Sempre tive apoio, e consequentemente era apoiado e abastado em tudo o que queria. Iniciei comunicações com outras pessoas ainda jovem, com seis meses de idade, aprendi a ler e escrever cedo também, com três anos de idade. Ganhava muitos livros, tinha predileção por todos aqueles que se relacionavam com biologia.
  Gostava mesmo de estudar sobre qualquer patologia, genética e anatomia humana. Tinha traumas relacionados à minha infância, malditos problemas de saúde, alergias, que frequentemente tiravam meu sono e de minha mãe também. Queria achar um modo de que ninguém mais tivesse que passar pelo o que passei, a dor e o sofrimento, uma maneira de inibir quaisquer fatores que pudessem levar alguém chegar ao meu estado. Consequentemente com todos esses contratempos, gastei as reservas da família, respectivamente: uma casa e dois carros do ano.
  Sempre senti obrigação em retribuir esse buraco com qualquer tipo de trabalho, desde ajudar minha mãe nos afazeres de casa na infância, até na adolescência quando ainda com doze anos comecei com trabalhos esporádicos. Após a conclusão da oitava série comecei a trabalhar regularmente, passei estudar no período noturno, onde o ensino era uma porcaria, mas mesmo assim consegui absorver boa parte de tudo que seria necessário para poder ter uma base de tudo que iria precisar um dia.
  Não conseguia estudar, e ainda não estou conseguindo. Tentei, que pena, não consegui.
  Mas, eu ainda estou tentando, e não hesito em dizer, vou conseguir, serei bem sucedido. Terei notoriedade em meu nome, serei reconhecido, admirado. Não quero ser presunçoso, nem convencido, só quero mostrar, e não provar, o que realmente sou capaz.
  Enfim, hoje estou profundamente magoado. Hoje, recebi um tapa de luva de pelica no rosto, um verdadeiro balde de água  fria.
  Perdi a essência, escrevi, escrevi, e no final das contas não escrevi nada, droga.